Informações desencontradas têm levado idosos aos postos de saúde de Pelotas à procura da vacina contra pneumonia, após uma reportagem de TV divulgar que as doses seriam liberadas para todos acima dos 60 anos. Contudo, o procedimento para se vacinar contra a doença é muito mais complexo e restrito a casos específicos, devido ao baixo número de doses repassado pelo Ministério da Saúde.

Durante a semana o aposentado Gilberto Dilli Wieth, 79, procurou o Posto de Saúde do Obelisco e o Centro de Especialidades para fazer a vacina, e mesmo tendo problemas cardíacos e diabetes foi informado de que só conseguiria ser vacinado se apresentasse um laudo médico explicando a necessidade. Ele ficou surpreso com a solicitação, pois havia sido informado de que a pneumocócica era liberada a todos os idosos. O aposentado ainda não fez a injeção, que na rede particular está em falta e custa entre R$ 85,00 e R$100,00.

A chefe do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Maria Regina Reis Gomes, explicou que a única vacina disponível nos postos é destinada apenas às crianças menores de dois anos, chamada Pneumo 10. Já a Pneumo 23, para adultos, é exclusividade do Centro de Especialidades, e desde o início da campanha contra a gripe a cidade recebeu apenas 50 doses, das quais restavam apenas cinco na tarde de quinta-feira, e sem previsão de receber mais. Outro ponto destacado é a orientação repassada pela 3ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), de priorizar os idosos aqueles que vivem em abrigos e casas geriátricas.

No período de campanha contra a gripe Pelotas recebe as doses para que, caso alguém necessitado solicite, a liberação seja mais ágil devido ao clima invernal, além de imunizar os idosos institucionalizados. No resto do ano as doses chegam nominalmente, por solicitação com laudo médico analisada em Porto Alegre.